Tireoidite de hashimoto: Principais sintomas e tratamentos
A tireoidite de Hashimoto é a causa mais comum de hipotireoidismo, uma condição em que a tireoide não produz hormônios suficientes para atender às necessidades do organismo. Estima-se que cerca de 5% da população mundial sofra com essa doença, sendo mais frequente em mulheres do que em homens. Neste artigo, vamos explicar o que é a tireoidite de Hashimoto, quais são os seus principais sintomas e como ela pode ser tratada. Também vamos abordar algumas abordagens complementares que podem ajudar a aliviar os desconfortos causados pela doença. Por fim, vamos destacar a importância de procurar um médico especialista e fazer um acompanhamento adequado.
SAÚDE MENTAL
Tireoidite de Hashimoto e sua relevância
Como falamos, a tireoide é uma glândula localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo da laringe. Ela produz dois hormônios principais: a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3), que atuam em diversos processos do corpo, como o crescimento, o desenvolvimento, a temperatura corporal, o ritmo cardíaco, o humor, entre outros.
Já, a tireoidite de Hashimoto é uma doença que afeta o funcionamento da tireoide, fazendo com que ela produza menos hormônios do que o necessário. Isso ocorre porque o sistema imunológico reconhece a tireoide como um corpo estranho e produz anticorpos contra ela. Esses anticorpos causam inflamação e destruição das células da glândula, reduzindo a sua capacidade de produzir hormônios.
A doença pode se manifestar de forma gradual ou abrupta, podendo levar meses ou anos para ser diagnosticada. Em alguns casos, a tireoide pode apresentar períodos de hiperatividade (hipertireoidismo), seguidos de períodos de baixa atividade (hipotireoidismo). Isso pode gerar uma variação nos níveis hormonais e nos sintomas.
Vale destacar que a tireoidite de Hashimoto é uma doença crônica e sem cura, mas que pode ser controlada com o uso de medicamentos que repõem os hormônios da tireoide. O tratamento adequado pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, evitando complicações como infertilidade, problemas cardíacos, depressão severa, entre outros.
Sintomas comuns da tireoidite de Hashimoto
Os sintomas da tireoidite de Hashimoto podem variar de acordo com o grau de comprometimento da glândula e dos níveis hormonais.
Os mais comuns são:
– Fadiga
– Ganho de peso
– Intolerância ao frio
– Pele seca
– Queda de cabelo
– Constipação
– Menstruação irregular
– Diminuição da libido
– Depressão
– Dificuldade de concentração e memória
– Inchaço no pescoço (bócio)
Esses sintomas podem ser confundidos com outras condições ou atribuídos ao estresse ou ao envelhecimento. Por isso, é importante ficar atento aos sinais do corpo e procurar um médico endocrinologista se houver suspeita de alteração na tireoide.
Sintomas menos conhecidos e suas manifestações
Além dos sintomas mais comuns, a tireoidite de Hashimoto pode causar outras manifestações menos conhecidas ou específicas. Algumas delas são:
– Dores musculares e articulares
– Cãibras
– Fraqueza muscular
– Rigidez matinal
– Ronco
– Apneia do sono
– Rouquidão
– Dificuldade para engolir
– Aumento do colesterol
– Anemia
– Infecções recorrentes
– Alterações na visão
– Perda de audição
– Alterações na pele, como vitiligo, urticária ou acne
– Alterações no cabelo, como alopecia areata ou cabelos grisalhos precoces
– Alterações na unha, como unhas quebradiças ou com sulcos
– Alterações na boca, como língua inchada ou seca, aftas ou cáries
– Alterações no humor, como ansiedade, irritabilidade ou pânico
Esses sintomas podem ser causados por outras doenças ou fatores, mas também podem estar relacionados à tireoidite de Hashimoto. Por isso, é importante relatar ao médico qualquer alteração que possa interferir no seu bem-estar.
Opções de tratamento convencionais
O tratamento convencional da tireoidite de Hashimoto consiste na reposição dos hormônios da tireoide por meio de medicamentos sintéticos. O mais usado é a levotiroxina (T4), que é convertida em T3 pelo organismo. A dose do medicamento é ajustada de acordo com os níveis hormonais e os sintomas do paciente.
O tratamento com levotiroxina deve ser feito de forma contínua e sob orientação médica. O paciente deve fazer exames periódicos para verificar se a dose está adequada e se há necessidade de alteração. O uso incorreto do medicamento pode causar efeitos colaterais como palpitações, insônia, tremores, perda de peso excessiva, entre outros.
Em alguns casos, o tratamento com levotiroxina pode não ser suficiente para aliviar os sintomas da tireoidite de Hashimoto. Isso pode ocorrer por diversos motivos, como a dificuldade de conversão do T4 em T3, a presença de anticorpos que bloqueiam a ação dos hormônios, a interferência de outros medicamentos ou alimentos na absorção da levotiroxina, entre outros.
Nesses casos, o médico pode optar por outras opções de tratamento, como a combinação de levotiroxina com liothyronine (T3), o uso de hormônios naturais derivados da tireoide de animais (como o Armour Thyroid), ou o uso de medicamentos imunossupressores ou anti-inflamatórios para reduzir a atividade do sistema imunológico e a inflamação da glândula.
Abordagens complementares no tratamento da tireoidite de Hashimoto
– Alimentação saudável: Uma alimentação equilibrada e variada é fundamental para fornecer os nutrientes necessários para o bom funcionamento da tireoide e do sistema imunológico. Alguns alimentos que podem beneficiar os pacientes com tireoidite de Hashimoto são os ricos em iodo (como peixes, frutos do mar e algas), selênio (como castanhas-do-pará, ovos e carne), zinco (como carnes vermelhas, frango e leguminosas) e vitaminas A (como cenoura, abóbora e manga), B (como cereais integrais e levedura) e D (como peixes gordos, óleo de fígado de bacalhau e cogumelos). Por outro lado, alguns alimentos que devem ser evitados ou consumidos com moderação são os que contêm glúten (como trigo, centeio e cevada), soja e cafeína.
– Exercícios físicos: A prática regular de atividades físicas é benéfica para a saúde em geral, mas também pode auxiliar no controle do peso, na prevenção de doenças cardiovasculares, na melhora do humor e na redução do estresse. Os pacientes com tireoidite de Hashimoto devem escolher exercícios que sejam adequados ao seu condicionamento físico e que não causem fadiga excessiva ou lesões. Algumas opções são caminhada, bicicleta, natação, hidroginástica, ioga e pilates.
– Suplementos naturais: Alguns suplementos naturais podem ter efeitos positivos sobre a tireoide e o sistema imunológico, como o óleo de coco, o óleo de prímula, o óleo de linhaça, a spirulina, a ashwagandha, a curcumina, o ginseng e o própolis. No entanto, é importante consultar o médico antes de usar qualquer suplemento, pois eles podem interagir com os medicamentos ou causar efeitos colaterais.
– Acupuntura: A acupuntura é uma técnica milenar da medicina tradicional chinesa que consiste na aplicação de agulhas finas em pontos específicos do corpo para equilibrar o fluxo de energia vital (qi) e restaurar a saúde. Alguns estudos sugerem que a acupuntura pode melhorar os sintomas do hipotireoidismo, como fadiga, depressão, dor muscular e articular, além de reduzir os níveis de anticorpos antitireoidianos.
A importância do acompanhamento médico
Como falado anteriormente, a tireoidite de Hashimoto é uma doença crônica que requer um acompanhamento médico regular para monitorar a função tireoidiana e ajustar o tratamento conforme a necessidade. Além disso, o médico pode orientar o paciente sobre as medidas complementares que podem ser adotadas para melhorar a sua qualidade de vida e prevenir complicações.
Algumas das possíveis complicações da tireoidite de Hashimoto são:
– Bócio: aumento anormal da tireoide que pode causar dificuldade para respirar ou engolir.
– Doenças cardíacas: o hipotireoidismo pode aumentar o risco de doenças cardíacas, como hipertensão arterial, colesterol alto e insuficiência cardíaca.
– Infertilidade: o hipotireoidismo pode afetar a ovulação nas mulheres e a produção de espermatozoides nos homens, dificultando a concepção.
– Problemas mentais: o hipotireoidismo pode causar alterações no humor, na memória e na concentração, podendo levar à depressão ou à demência.
– Mixedema: um quadro grave de hipotireoidismo que se caracteriza por inchaço generalizado do corpo, queda da temperatura corporal, sonolência excessiva e coma.
Portanto, é fundamental seguir as recomendações médicas e realizar os exames periódicos para manter a tireóide sob controle e evitar essas complicações.
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